A mudança de hábitos



Quando comecei a trabalhar, fui forçada a encarar a mudança de hábitos com outros olhos que não os da rejeição. 

Quem me segue, reparou numa ausência minha tanto do 100tretas como do Olhe, desculpe!. Antes de trabalhar, a minha vida passava muito por dias-papa-séries, em episódios sucessivos de compulsões alimentares, em dias tristes e chorosos. Sem vontade de ir às aulas, de fazer valer o dia. Como disse no post anterior, nem vontade de tomar banho eu tinha. 

Comecei a trabalhar e a minha perspetiva mudou radicalmente. Surgiu a vontade de estudar, de me sentir bonita, de tirar o pijama e arranjar-me como sempre gostei de o fazer. Mudei tanto! Sabem quando chega aquele tempo em que precisam mesmo de um ponto de viragem? Eu precisava. E o meu emprego trouxe-me a calma que eu precisava para a minha mente e para o meu coração. Daqui surgiu também a "falta de tempo". Não é que me falte propriamente tempo. É mais numa perspetiva de já não ter aquelas 5 horas diárias disponíveis para fazer o que bem me apetecesse. A troca dos horários. O ter horários rotativos que muitas vezes me tiram a hora de jantar ou de almoço. Quero com isto dizer que o tempo que eu tinha para mim já não era tanto. Consequentemente, desleixei-me (muito) na alimentação e no exercício físico. Passei de 5 treinos semanais a nenhum. - o único treino que me vêem a fazer é mesmo a subir as escadas do armazém. 👀  Passei a não ter horários para as refeições habituais. Estava tudo tão baralhado em termos de organização pessoal! MAS, finalmente cheguei lá! Ainda não estou a 100%. Ainda falta muito; mas, em conjunto com a minha nutricionista, já consegui definir novos horários e opções alimentícias adaptadas aos meus horários de trabalho.

Este é o início 💓
Agora que já começo a organizar-me melhor, brevemente tenciono reintroduzir os treinos. 

Apesar deste processo todo de mudança a tantos níveis, consegui sempre manter as consultas com a Dra. Diana - ainda que mais espaçadas do que o que deviam; mas, mais uma vez digo, somos nós que nos temos que adaptar aos horários de trabalho e não o contrário. Com o passar das consultas é engraçado olhar para os resultados e perceber que continuam a aparecer. Aos pouquinhos, vou continuando a perder perímetro e peso! *resultados publicados no Olhe, Desculpe!* Isto leva-me a crer que a reeducação alimentar que eu pretendia que acontecesse, está, de facto, a acontecer. E sempre que penso nisso vejo o quanto mudei a nível de consciencialização daquilo que como.

Para além dos resultados a nível físico, há uma outra linha em mim que está a mudar. O meu psicológico. A Rita frágil e frasquinho de cheiro que ninguém lhe pode dizer nada continua aqui, não se aflijam 😅   
A auto-mutilação desapareceu da minha vida. Posso afirmar isto com todas as minhas certezas. Já tinha reparado em alguns pormenores que me aproximavam desse veredicto, mas na semana passada aconteceu um episódio muito estranho - e os meus mais próximos que sabem que eu queria seguir medicina desde pequena, vão achar isto de outro mundo. Eu ando a ver a série The 100 que na verdade é um pouco violenta em termos de sangue e espadas e cenas que dão aflição. Mas a mim nunca me deram! Aliás, a minha série favorita é Game Of Thrones e começo a ficar aflita para a oitava temporada, porque não há um episódio sem uma cabeça fora ahahah.

Ora então, voltando ao assunto principal, o que é que aconteceu para eu afirmar já não ser possível uma auto-mutilação? 
Eu vomitei quando vi a Clarke (The 100) a mutilar-se. Pasmem-se! Fiquei com tal nojo daquilo... 😵 
Pasmem-se pela segunda vez quando lerem o que vos vou escrever: não foi a única vez. Eeeeeeee mais!!! A Rita esconde a cara quando percebe que vai haver sangue em braços numa série ou filme!! 

Não me vou alongar neste assunto. Digo só que acabou! A auto-mutilação acabou! 
Estou a voltar 💞

Obrigada por estares desse lado.

Rita

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